Após tragédia em Brumadinho engenheiros que prestaram serviço à Vale são presos em SP

Bombeiros fazem buscas no "mar de lama" que tomou Brumadinho
EXTRA
RIO E SÃO PAULO — Cinco pessoas foram presas nesta terça-feira por ligação com a tragédia de Brumadinho (MG). Em São Paulo, a polícia deteve dois engenheiros de uma empresa terceirizada que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão. Em Minas Gerais, a operação atingiu três funcionários da Vale responsáveis pela obra e pelo licenciamento ambiental.
Todos os mandados de prisão valem por 30 dias e foram expedidos pela comarca de Brumadinho da Justiça Estadual de Minas Gerais, a pedido do Ministério Público. Além das prisões, a Polícia Federal (PF) de São Paulo cumpriu mandados de busca e apreensão em uma empresa que prestou serviços de projetos e consultoria para a Vale.
Os documentos recolhidos pela polícia e os engenheiros presos em São Paulo devem ser enviados para Minas Gerais ainda nesta terça-feira.
O desastre de Brumadinho causou 65 mortes e deixou 279 desaparecidos, segundo o último comunicado da Defesa Civil de Minas, divulgado na noite deste segunda-feira. As buscas por mais vítimas da tragédia recomeçaram na manhã desta terça-feira.
Os dois engenheiros presos em São Paulo foram identificados como Makoto Namba e André Yum Yassuda. Os outros três alvos da operação, que ainda não tiveram os nomes divulgados, moram na região metropolitana de Belo Horizonte.
Os presos serão ouvidos pelo MP de Minas, em Belo Horizonte. Em Minas, a operação contou com o apoio das Polícias Militar e Civil do Estado e, ainda, com atuação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) daquele estado.
Em nota divulgada logo após a operação, a Vale informou que está colaborando "plenamente" com as autoridades e dando apoio "incondicional" às famílias atingidas.
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