Diante do cumprimento de mandados de busca e apreensão realizados pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em cumprimento da Operação Catarata, na manhã desta segunda-feira (03), na sede da Secretaria de Saúde do Estado, o secretário Luis Soares insinuou à imprensa que a situação estaria ocorrendo devido à denúncia com interesse eleitoreiro.
A declaração faz referência ao fato de o governador Pedro Taques (PSDB) ser candidato à reeleição e pelo fato da denúncia ser a respeito de um dos principais programas dessa gestão, a Caravana da Transformação.
“É um contrato antigo de 2016, e que rodou esse tempo todo sem nenhuma denúncia. Em época de eleição acontece mesmo todo tipo de as denúncias”, argumentou o secretário de Saúde.
“É um contrato antigo de 2016, e que rodou esse tempo todo sem nenhuma denúncia. Em época de eleição acontece mesmo todo tipo de as denúncias”, argumentou o secretário de Saúde.
As investigações coordenadas pelo Núcleo de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá são referentes a denúncias de irregularidades na contratação de serviços de oftalmologia da Caravana da Transformação. Os indícios seriam de falta de controle sobre os serviços realizados e os serviços pagos.
Os mandados de busca e apreensão foram deferidos pela juíza Célia Vidotti em ação cautelar proposta pelo MPMT.
A magistrada também acatou o pedido do MPE e determinou a suspensão do contrato e o pagamento de quaisquer valores à empresa responsável pelos serviços de oftalmologia. Foi decretada ainda a indisponibilidade de bens do secretário do Estado de Saúde, Luís Soares, e do proprietário da empresa 0/20 (Fábio Vieira da Silva), localizada em Ribeirão Preto.
Na tarde desta segunda-feira, o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público colherá depoimentos de pessoas envolvidas no caso.
Conforme informações, a empresa teria recebido do Governo R$ 41 milhões e tem a receber mais R$ 6 milhões.
Caravana
O Governo do Estado implantou o programa Caravana da Transformação em 2016. Foram realizadas14 edições em dois anos.
A proposta da ação é zerar as filas de cirurgias oftalmológicas no Estado.
Das 75 mil cirurgias realizadas, 61 mil foram de catarata, 8.237 de pterígio e 5.840 de yag laser.
O Governo do Estado ainda não se manifestou oficialmente a respeito.
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